João Baptista Andrade SANCHES
Felisbela Rodrigues de SÁ

Amélia Rodrigues de Sá e SANCHES ®
(1933-)

 

Relações da família

Cônjuges/Filhos:
1. José Eduardo de Figueiredo ARAÚJO ®

Amélia Rodrigues de Sá e SANCHES ® 1

  • Nascimento: 11 Ago 1933, Angola 2
  • Casamento (1): José Eduardo de Figueiredo ARAÚJO ®
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Símbolo  Notas gerais:

Fonte da fotografia principal: consultar a referência nº 3

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Símbolo  Eventos de relevo na sua vida:



• Nota biográfica: In Deutsche Welle online, em 2014,.
Amélia Araújo desempenhou um papel decisivo no processo da Luta de Libertação Nacional e deu um contributo relevante para o desenvolvimento da comunicação social, particularmente no campo da radiodifusão sonora.
Recorde-se que durante a Luta de libertação armada, com vista à independência de Cabo Verde, Amália Araújo, destacou-se enquanto produtora, animadora e locutora principal da Rádio Libertação, tendo-se afirmado, com a sua voz clara e bem timbrada, como uma das protagonistas da "guerra psicológica", desferindo duros golpes nas hostes do inimigo, sobretudo com os seus programas em língua portuguesa, quais sejam o "Comunicado de Guerra" e o "Programa do Soldado Português", que provocou inúmeras baixas e deserções entre os militares do então inimigo.
Amélia Araújo conseguiu fazer da Rádio uma importante arma de luta pela independência de Cabo Verde.
"Camaradas e ouvintes, atenção: dentro de momentos poderão ouvir a Mensagem de Ano Novo que o nosso secretário-geral, camarada Amílcar Cabral, dirige a todos os camaradas e compatriotas da Guiné e Cabo Verde".
Era assim que, Amélia Araújo anunciava na Rádio Libertação a Mensagem de Ano Novo de 1973 de Amílcar Cabral, o fundador do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
A locutora das emissões em português era uma das principais vozes da rádio do PAIGC. Aos microfones da emissora, em Conacri, a angolana de origem cabo-verdiana leu muitos textos de Cabral a denunciar "a política enganosa dos colonialistas portugueses".
As primeiras experiências radiofónicas começaram em 1964, com a ajuda do marido, o cabo-verdiano José Araújo, dirigente do PAIGC e responsável pela área de informação. Mas o emissor que tinham "era muito fraco e não chegava convenientemente à Guiné nem a Cabo Verde", conta a locutora.
"Foi assim que começámos, com um pequeno emissor russo e um gravador Grundig, velho, a que às vezes tínhamos de dar socos para funcionar! Mas tudo isso era maravilhoso porque conseguíamos fazer as coisas assim mesmo", recorda.
Em 1966, Amélia Araújo e quatro companheiros guineenses foram enviados por Amílcar Cabral para uma formação de nove meses na União Soviética.
Um ano depois, a Suécia oferece-lhes um emissor e um estúdio. "E a partir daí criamos a Rádio Libertação, já com condições excecionais de trabalho para aquela época", sublinha a voz mais conhecida da Rádio Libertação.
As emissões começaram oficialmente no dia 16 de julho de 1967. Inicialmente eles estavam apenas 45 minutos por dia, divididos em períodos de 15 minutos.
A programação era variada. Um dos programas que a locutora considerava importante era o programa em crioulo, que todos ou quase todos entendiam. "Porque a luta também serviu para unir linguisticamente todas as etnias da Guiné. O crioulo expandiu-se e toda a gente começou a falar crioulo", conta.
Além do crioulo e do português, a rádio também emitia nas línguas balanta, fula, mandinga e beafada.
O seu protagonismo na Rádio de Libertação fez dela a Senhora do "Canhão de boca da Luta", sendo a voz reconhecida e admirada pelas populações e povos de Cabo Verde e da Guiné-Bissau, que tinham na rádio a única forma de se inteirarem das ações da luta armada.
Após a Independência Nacional assumiu ainda funções públicas em Cabo Verde, emprestando toda a sua experiência e profissionalismo ao desenvolvimento do País.
Com o seu profissionalismo, dedicação, entrega e tenacidade, Amélia Araújo influenciou gerações de cabo-verdianos e inspirou grande leva dos atuais jornalistas do país, que abraçaram esta nobre profissão.
É necessário destacar e reconhecer a trajetória e o contributo desta cabo-verdiana à causa da Independência Nacional e ao desenvolvimento do País, designadamente do sector da comunicação social, em particular da Rádio.
Para o ex-ministro cabo-verdiano Carlos Reis, "Amélia Araújo foi uma mulher fundamental para a luta de libertação" nacional. "Era a voz da luta através da Rádio Libertação", diz.
"Esta é a Rádio Libertação, a voz do povo da Guiné e de Cabo Verde em luta'", recorda Amélia Araújo. "Depois havia uma música e eu dizia assim: 'Nós não lutamos contra o povo português. Lutamos sim para libertar a nossa terra do jugo colonial português'."
Mulher lendária, Amélia Rodrigues de Sá e Sanches de Figueiredo Araújo, foi galardoada em 2015 com o Primeiro Grau da Medalha de Serviços Distintos pela sua abnegação e bravura, bem como pela sua dedicação à causa Nacional.



• Condecoração: com Grau da Medalha de Serviços Distintos, a 13 Fev 2015.
No dia Mundial da Rádio, o Primeiro-Ministro, José Maria Neves, concedeu o reconhecimento, com o Primeiro Grau da Medalha de Serviços Distintos do Estado de Cabo Verde, a antiga radialista do histórico Rádio Liberdade, Amélia Araújo, uma combatente da Liberdade da Pátria, pelo papel de destaque enquanto voz da rádio do PAIGC e para o desenvolvimento da comunicação social em Cabo Verde.
"É bom lembrar as pessoas como Amélia Araújo, que através da Rádio Libertação desferiu duros golpes sobre aqueles que nos queriam subjugar e através da palavra conseguiu transmitir aos combatentes guineenses e cabo-verdianos na clandestinidade uma ligação à luta armada", afirmou José Maria Neves.


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Amélia casou com José Eduardo de Figueiredo ARAÚJO ®, filho de Rafael António Gomes ARAÚJO ® e Ema Júlia Leite de FIGUEIREDO ®. (José Eduardo de Figueiredo ARAÚJO ® nasceu a 15 Mar 1933 na Praia, Santiago, Cabo Verde,4 faleceu a 20 Jan 1992 na Praia, Santiago, Cabo Verde 4 e foi sepultado em 1992 na Praia, Santiago, Cabo Verde.)


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Fontes


1 DGAE - Direcção Geral da Administração Eleitoral - Cabo Verde - (2004 e/ou 2008 e/ou 2011). NB:
- Locais de nascimento apenas constam no recenseamento de 2004
- Nomes sem data de nascimento, foram obtidos nos registos de recenseamento dos filhos

2 DGAE - Direcção Geral da Administração Eleitoral - Cabo Verde - (2004 e/ou 2008 e/ou 2011).

3 Facebook ou similar, Informação e/ou fotografia tornada pública por esta pessoa (ou por parente próximo) numa rede social. Extraída para esta página, na data que se indica a seguir. Data cit.: 19 Nov 2024. NB: a fotografia extraída da fonte poderá eventualmente ter sido recortada, realçada, retocada e colorida (se a branco e preto ou em tons de sépia) fazendo uso de programas que utilizam inteligência artificial.

4 Data na lápide, placa ou cruz tumular.

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